Em meio a controvérsias, Carlos Lupi foi nomeado como Ministro da Previdência, após enfrentar acusações de irregularidades em convênios com Organizações Não-Governamentais (ONGs) durante sua gestão no governo Dilma. O escândalo ganhou força com a divulgação de imagens que contradiziam sua versão de que não teria utilizado um avião disponibilizado pelo dono de uma dessas ONGs em 2009.
Além disso, veio à tona a revelação de que Lupi ocupava um cargo fantasma como assessor do PDT na Câmara dos Deputados, acumulando ilegalmente cargos tanto em Brasília quanto no Rio de Janeiro. A Comissão de Ética da Presidência recomendou sua exoneração, ao constatar que ele não havia fornecido explicações satisfatórias sobre as acusações relacionadas aos convênios irregulares envolvendo membros de seu próprio partido.
Dilma Rousseff, durante seu governo, viu a saída de sete ministros, sendo seis deles acusados de irregularidades. Além de Lupi, outros ministros que deixaram seus cargos foram Alfredo Nascimento (Transportes), Wagner Rossi (Agricultura), Pedro Novais (Turismo), Antonio Palocci (Casa Civil) e Orlando Silva (Esportes). Nelson Jobim (Defesa) também saiu do governo após desentendimentos com Dilma e declarações revelando seu voto em José Serra (PSDB) nas eleições presidenciais.
Vale ressaltar que Carlos Lupi, presidente do PDT, sempre se opôs ao sistema eleitoral sem o voto impresso, chegando até mesmo a gravar um vídeo em que afirmava que eleições sem a recontagem de votos seriam um golpe, uma fraude. No entanto, apesar dessas declarações, Lupi nunca enfrentou processos legais. Importante mencionar também que Lupi é autor da ação que busca a inelegibilidade de Bolsonaro.
Em uma cerimônia realizada na sede do Ministério, em Brasília, sem aparente constrangimento, o presidente do PDT, Carlos Lupi, foi empossado por Lula como o novo Ministro da Previdência Social em seu governo.