O Ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), interrompeu nesta quinta-feira (6) toda a investigação da operação Hefesto, que apura supostos crimes de fraude em licitação e lavagem de dinheiro na compra de equipamentos de robótica para 43 municípios alagoanos. De acordo com a decisão, a Polícia Federal e o Ministério Público não podem avançar no caso até que o Supremo julgue um pedido da defesa do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para anular toda a investigação.
Os advogados do deputado argumentam que a investigação foi irregular porque, desde o início, o objetivo seria apurar o suposto envolvimento de Lira com os fatos. O deputado tem foro privilegiado e só poderia ser alvo de uma eventual apuração após autorização do STF.
As investigações foram iniciadas pela Polícia Federal de Alagoas e, nesta quarta-feira, a Justiça Federal do estado determinou o envio das apurações ao STF após a PF apontar indícios de envolvimento de autoridades com foro privilegiado no caso.
Segundo a decisão, a Polícia Federal apontou suposto envolvimento do presidente da Câmara, que tem foro privilegiado, por isso, houve a imediata suspensão das investigações na Justiça Federal e a determinação de envio do caso ao Supremo, competente para investigar e julgar parlamentares.